terça-feira, 15 de março de 2011

VP

Com o post anterior talvez tenha deixado uma ideia de que passo a vida a fingir que estou bem quando não estou. Mas não é bem assim, simplesmente as pessoas habituaram-se a ver-me bem e já "não me sinto bem" se assim não estiver. Parece que não sou eu, mas doi. Doi porque quem muitas vezes chegava logo de manhã junto a mim e me perguntava se estava tudo bem já não o faz, não por distracção, mas por motivos de força maior, a distância. A maldita distância que nos separa.
Sei que cada vez que falo disto no meio de uma lágrima digo que não gosto que me perguntem se estou bem. E de facto não gosto, mas isso não implica que cheguem junto a mim e que indirectamente me façam sorrir verdadeiramente se se aperceberem que isso não está acontecer. Eu percebo a intenção, juro!
Não fiquem tristes nem magoados(as) se eu digo ou dou a entender que me sinto sozinha, porque não é essa solidão. Até poderia tentar explicar mas sinceramente nem eu sei, apenas sei que sinto. Felizmente e muito felizmente mesmo tenho AMIGAS lindas e maravilhosas que são tudo mas mesmo tudo. Umas mais chegadas que outras porque isso é normal e impossível de evitar, mas todas elas são igualmente especiais e importantes.
Hoje foi um dia importantissimo, e sinto-me imensamente bem! Fico assim daquela forma esquesita mas sinceramente ainda não percebi com estes meus 19 anos que tenho se isso é bom ou mau. Mas que me dá vontade de escrever lá isso dá.
Fico nostalgica e meia melancolica mas ao mesmo tempo muito feliz e confiante. É meio pro esquesito.
Não é ter modestia mas apercebi-me que há pessoas tão mais corajosas que eu e tão mais fortes, que aguentaram tanta coisa que eu sei que não aguentaria. Não me estou a substimar mas dá pra pensar na vida e nos meus problemas que afinal ao pé destes talvez sejam pequenas confusões.
Quero acabar com este meu problema de expressão! Tenho tanta coisa pra dizer e por vezes não sai, embora esteja cá. E quando sai não é bem no momento certo, se bem que é sempre momento pra dizer coisas boas. Gostava tanto de dizer as coisas que penso na horinha certa, mas opa não sei muitas vezes as palavras não me vêm a boca e ficam-se pelos olhos, acabando mesmo por sair.
Sei que muitas pessoas acham que sou aluada e não nego mas por isso pensam que não choro e que não sou timida. Mas sou, isto não é nenhuma faceta, sou mesmo eu mas para além disto também as lágrimas fazem parte, até porque na verdade era incapaz de viver sem elas, denomino-me grande adepta da choroterapia, faz bem à alma.
A prepósito hoje recebi uma boa noticia digamos, alguém que já foi especial gostou de um gesto sincero que eu fiz e eu sinceramente nunca pensei que essa pessoa o valorizasse e tão pouco falasse dele com outra pessoa. Pelos vistos falou e deu-lhe muita importância. De facto isto serviu-me para aprender que não devemos desprezar o que um dia já foi importante pra nós só porque actualmente já não é seja porque motivos for.
Se um dia amamos não temos que nos martilizar só porque já não amamos e muito menos porque um dia chegamos a amar. Amamos e pronto, não é por encontrar mos um novo amor que temos que desprezar o antigo, e mal tratar-nos a nós próprias só porque amamos aquela pessoa. O importante é a intensidade com que amas, e se naquele momento sentes ou não que o amas. Ao longo da nossa vida amamos várias vezes, de diferentes intensidades e maneiras mas não deixamos de amar.
O mesmo acontece com as amizades, apesar de terminarem não podemos por em causa a amizade que algum dia tivemos só porque terminou. O mais importante continua lá e aquilo que vivemos já ninguém nos tira.
Isto pode parecer filosófico de mais e prático de menos, mas hoje pensei nisto tudo e para mim faz todo o sentido.

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